Pioneira centenária foi uma das primeiras moradoras do Rio Batista, em Pitanga

A pioneira Alzira Schon dos Santos é nascida 22 de junho de 1921, na comunidade de Rio Batista em Pitanga. Filha de Pedro Schon e Zulmira Senhorinha de Oliveira, foi casada com Telêmaco Belo dos Santos e teve oito filhos: Maria, José Roseval, Sirlei Terezinha, Pedro, Antônio, Sirlene Belo, Sebastião Adilson e João Augusto. A família de Telêmaco veio de Guamiranga e se estabeleceu na região de Pitanga, onde ele conheceu Alzira dos Santos.

O pai de Alzira foi um dos primeiros moradores da comunidade de Rio Batista, considerado, inclusive, o desbravador da localidade. Atualmente ela tem 102 anos e, por conta da idade, praticamente não consegue mais se comunicar. Nossa reportagem conversou com alguns filhos e com o neto Leandro Belo, que falaram um pouco sobre a trajetória da família.

O neto Leandro Belo relata que os avôs contavam que, ao chegarem na comunidade, praticamente não havia moradores. “Ela também contava que chegaram a fugir dos índios que moravam nas proximidades do Rio Batista”, lembra. Nessa época, a principal atividade da família de dona Alzira era a criação de porcos, que após engordados eram levados a pé para Ponta Grossa, onde eram comercializados.

Seu Telêmaco foi um dos primeiros agricultores e fazer a criação dos porcos dentro de um cercado, já que, na época, era comum soltar os animais na roça de milho, quando ela estava em ponto de maturação. “Inclusive, o seu Dico Petrechen (ex-prefeito de Pitanga) conta que meu avô foi uma pessoa que ensinou muito a ele, mostrou como fazer cerca e melhorar a roça e eles tinham uma amizade muito grande”, cita Belo. O neto comenta que seu avô ajudou seu Dico Petrechen a abrir seu primeiro comércio.

A filha Sirlene Fátima Belo, 64 anos, é nascida em Pitanga e a pessoa mais próxima da pioneira, pois ela requer cuidados constantes por conta da saúde. Ela salienta que na época que nasceu, a família tinha se mudado para a área urbana de Pitanga e a mãe lavava roupa para outras famílias, como forma de ter uma renda extra, e o pai trabalhava na construção de cercas para fazendas e ajudava em outros serviços no campo. Depois de um tempo morando na cidade, os pais voltaram para o sítio onde estavam os familiares de Alzira e Telêmaco, na região onde atualmente é o Frigodasko.

Sirlei Terezinha tem 75 anos e também é filha de Alzira. Ela conta que apesar de ser normal naquela época as crianças trabalharem na roça, o pai Telêmaco não deixava os filhos pequenos pegarem no pesado. “Ele deixava a gente brincar, correr e fazer festa no meio da lavoura, mas trabalhar não deixava”, lembra. Por conta da distância do sítio até a escola mais próxima, ela não conseguiu estudar. Já os irmãos mais novos tiveram a oportunidade de se alfabetizar.

O filho João Augusto Belo, o Augustinho, disse que a família trabalhou por muito tempo em uma área arrendada. Ele lembra muito pouco sobre a infância no sítio, já que a família se mudou para a cidade quando tinha uns 6 anos. Ele disse que o pai veio para a Pitanga no ano de 1926 e se estabeleceu no Rio Batista, onde conheceu Dona Alzira e depois se casaram.

PARANA CENTRO. Pioneira centenária foi uma das primeiras moradoras do Rio Batista, em Pitanga. Disponível em: https://jornal.paranacentro.com.br/noticia/43698/pioneira-centenaria-foi-uma-das-primeiras-moradoras-do-rio-batista-em-pitanga. Acesso em: 15 set. 2024.

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